Tiradentes, un pintoresco pueblo de la Entrada Real- Libre por la vida

Tiradentes: Uma cidade de beleza inigualável

Parte III das cidades da Estrada Real

Dia 113: De São João del Rei para Tiradentes...

Em certa ocasião perguntei se valia a pena conhecer Tiradentes e lembro de algo assim que era igual a Ouro Preto ou mesmo Ouro Preto era muito melhor, mas se tem alguma coisa meus caros leitores que devemos sempre levar em conta, é que a percepção do outro não será necessariamente nossa e isso vale para lugares e pessoas, e digamos que depois de tantas semanas viajando e estando tão perto, meu a curiosidade me levou a descobrir que, para formar meus próprios critérios sobre se um lugar é igual ou melhor, devo primeiro verificá-lo na prática. Nessas coisas que acontecem por mera atração do universo y de pensar positivo ou sei lá conheci a Milca que por coincidência estava fazendo voluntariado em Tiradentes. Exatamente a cidadezinha que eu queria conhecer!...

Você não é igual a mim e eu não sou igual a você, então como Tiradentes não é igual a Ouro Preto ... Em palavras simples, Tiradentes brilha por si só. Não é igual, melhor ou pior do que qualquer outra cidade da Estrada Real , como disse antes, os critérios são de acordo com cada pessoa. O que eu percebo como bonito, para muitos pode ser velho, chato ou sem graça. E é que longe de parecer mais do mesmo, Tiradentes me hipnotizou. É uma daquelas coisas que parece fofa e adorável onde quer que você a veja (pelo menos do meu ponto de vista). É difícil de acreditar, mas esta cidade ganhou fama a partir dos romances de época que foram filmados no local. Resumindo, não é um lugar acessível de lugares muito distantes (a menos que eles próprios dirijam), mas muito pelo contrário...

Como faço para chegar to Tiradentes? Se você estava pensando que poderia chegar lá de São Paulo ou Belo Horizonte, claro, esqueça. No meu caso, viajei de São João com a linha de ônibus Presidente BR$4,20.

Quão longa é a viagem? A duração é de cerca de 40 minutos e existem vários horários.

Uma viagem em pouco tempo...

E se eu te disser que existe um passaporte que pode te levar em uma viagem no tempo? Sim, eu sei, eles certamente vão pensar que eu bati a cabeça ou estou consumindo coisas de origem duvidosa. Nem um nem outro. Ela existe e se você gosta de mim e deixa sua imaginação correr solta, garanto que você não precisará de uma máquina do tempo.

O passaporte da Estrada Real parece-me ser uma iniciativa para promover as cidades situadas nas estradas onde o ouro foi outrora movimentado pelas mãos dos escravos e dos portugueses. O referido passaporte permite ao turista obter os belos carimbos _cc781905-5cde -3194-bb3b-136bad5cf58d_(impressões) de cada uma das cidades que estão dentro do roteiro. O referido passe vem por sua vez acompanhado de um mapa à moda antiga em que os diferentes circuitos que cobrem os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro estão perfeitamente definidos.

Tem algum custo? Pelo menos a partir de julho de 2018 é gratuito e verificado novamente no site oficial em julho de 2020, assim como o mapa que o acompanha não mudou.

Onde eu consigo isso? A boa notícia é que a coisa não é nada burocrática. A primeira coisa é acessar o site do Instituto Estrada Real (obviamente será em português, mas não se preocupe, com certeza o Google irá traduzir para o seu idioma), e uma vez lá, basta seguir os passos do formulário que eles deverão preencher com seus respectivos dados. Depois será uma questão de aguardar o e-mail que chegará com a confirmação e o código e no dia seguinte (ou quando disponível) buscá-lo no escritório da cidade escolhida. Agora sim, o próximo passo é sair e curtir...

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Bichinho e Prado...

Na manhã em que chego em Tiradentes, Milca me espera no pequeno terminal. Uma vez reunidos e felizes por nos vermos, caminhamos pelas ruas de paralelepípedos e pitorescas de Tiradentes e estou mais do que encantada. Poucos minutos antes do meio-dia pegamos um ônibus para a cidade de Bichinho (BR$ 3,20). Nenhum de nós tem a menor ideia do que a pequena cidade com um nome tão único tem (ou não) para nos oferecer.

Acho que a expressão de Milca e de mim depois de descer do ônibus era algo como : Isso é tudo? O que devemos fazer até as 17h? Porque caso eu ainda não tenha mencionado, a frequência de ônibus para Bichinho e Prado é bastante limitada. Uma das atrações que acabamos de vislumbrar ao descer foi a Casa Torta. Claramente nenhuma das duas garotas Low Cost queria pagar R$ 10 só pela passagem e ainda nem tínhamos almoçado. Este último item também foi uma odisseia...

Era um dia de sol radiante, tanto que ardia. Na verdade, estava muito quente e não encontramos árvores para nos abrigar do calor até muito tempo depois. Então o que vamos fazer no Bichinho a qualquer hora? Percorremos e descobrimos caminhos que nos levavam a sítios onde nem tínhamos entrado, visitamos lojas de artesanato (aqui estão por todo o lado) e por fim visitamos o alambique Mazuma onde fomos recebidos por Fabio, o seu proprietário, que nos conta como foi começou sua empresa sendo um hobby e hoje um dia tomou dimensões totalmente diferentes. Fabio nos hace una degustación de los diferentes sabores de cachaça y acá quién les escribe, como no está acostumbrada a tomar alcohol se atragantó tan feo que se puso roja y le duró la comezón en la garganta hasta pasada a noite. Resumindo, se você está interessado na visita guiada e na degustação, e a propósito, compre local cachaça, então tudo que você precisa fazer é descobrir no site web, pois os dias e horários podem variar e são publicados online.

É engraçado quando você está viajando e tentando cuidar do seu orçamento, o conceito de barato difere de pessoa para pessoa. Ou seja, para a Milca e para mim, de R$ 2,50 a R$ 8 é barato e de R$ 10 a R$ 15 é aceitável. O fato é que depois de tanto caminhar chegamos ao Prado em busca de algo para comer, já que no Bichinho, aparentemente os restaurantes não abrem durante a semana (ou pelo menos o único que tinha coisas caras demais para ser tão básico, e por básico quero dizer almoços que em palavras simples seriam: fast food ). Enfim, no Prado finalmente chegamos ao restaurante buffet com o nome de Ángel, que era supostamente barato, ou talvez fossemos pobres demais para pagar, porque se há algo que Milca e eu concordamos, é que íamos pagar quase R$ 30...

Enfim, naquela tarde vivíamos de sorvetes e bolos, mas isso não nos impediu de desfrutar de um passeio tão quentinho quanto seu povo...

Dia 114: Trilhas...

Naquela manhã me despeço de São João para curtir um pouco mais antes de partir à noite para São Paulo onde farei minha conexão com minha última cidade antes de retornar à Argentina...

Uma vez no terminal de Tiradentes, ando pelos quarteirões que me distanciam do Hostal Tiradentes, onde Milca é voluntária há algumas semanas. Enquanto ela faz o trabalho, vou em busca do meu passaporte real e, uma vez pronto, saímos os dois para uma caminhada até a Reserva da Serra de São José.

Passamos pela entrada tomando o caminho à direita e terminamos a poucos metros e continuamos o caminho para o rio com pequenas quedas de água. Mais adiante refazemos nossos passos e entramos na reserva habitada por cerca de 150 tipos de libélulas. Esclareço que não vi nenhum. Em suma, a luz atrás de nós vai-se apagando e a verdade é que em mais de uma ocasião dois caminhos se abrem para nós e é difícil decidir entre os dois ramos sem saber para onde nos leva. Mais tarde, um bom homem nos diz que as placas estão acima do Cerro São José (Engraçado!), mas que, afinal, todas as estradas se conectam acima. Não avançamos porque está escurecendo e tenho que pegar o ônibus das 19h para o terminal. Esta última parece coisa simples, mas na verdade não é...

Para odisséia para engravidar...

Nesse fim de semana começa o que será um festival gastronômico que acontece no final de agosto. E como esperado, dezenas de barracas de comida e bebida enchem as pequenas praças da cidade. Com Milca admiramos a festa do alto de um monte enquanto lanchamos com as últimas luzes da tarde. Vamos até o terminal perguntar se o ônibus das 19h da linha Presidente passa pelo terminal ou, por causa da festa, fará outro desvio. Tínhamos versões de SIM e NÃO. Pedimos às pessoas contratadas para controlar o trânsito, a polícia e até algumas moças da informação que nos disseram que não sabiam e que com certeza se entrássemos em um restaurante e perguntássemos aos garçons, eles saberiam nos dizer o quê! ? Ela ficou obviamente indignada, já que a falta de empenho das pessoas em se informar (treinadas ou não) é incrível. Caso que sem ter muitas certezas e depois de passar pelo albergue para pegar minhas malas, acabamos indo para um ponto de ônibus onde meu ônibus supostamente passaria ou um secundário que também me deixaria na rodoviária de São João. Durante a espera, um bom vizinho do local nos cumprimenta e pergunta se estamos esperando o ônibus e continua. Mais tarde o mesmo senhor passa e me diz que o ônibus não passa por ali, que passou pelo terminal (que por sinal era o último e que ele já havia perdido), mas que o outro ônibus (verde e branco) passou por outro lugar. O homem bom nos acompanha até a praça e felizmente aquela praça (que era uma pracinha) é a parada onde pego meu ônibus na hora. No entanto, durante a breve espera, a praça começa a se encher de pessoas que estão morrendo de curiosidade para saber como encontraram a parada, levando em conta que quando perguntei, ninguém sabia de nada. Enfim, me despeço da minha breve companheira de aventuras, como sempre nos desejando o melhor e mais que prazeroso para nosso breve momento compartilhado, onde em um mundo tão grande e com tantos sonhos a realizar, Milca e eu fomos nos encontrar...