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Machupicchu, a grande aventura

Dia 41 - Cusco a Machupicchu

7h30 Eles pegam Mel e eu no albergue para nos levar até a porta da agência de viagens Machupicchu Express, onde eles nos entregam as pulseiras e nos encontram com outros viajantes. Durante a viagem passamos por campos ondulados de cor amarelada, depois vemos cachoeiras, rios e selva. Passamos pelas cidades de Ollantantaymbo e Urubamba. Ao longo do caminho subimos a montanha em estradas de pista única, entre nuvens, chuva e até neve. É incrível quantos climas coexistem no mesmo lugar...

14:30 Paramos em Santa Teresa para almoçar. A cidade parece calma e agradável. Estamos atrasados, pois anteriormente o ônibus furou o pneu. Estamos viajando há 7 horas e o dia ainda não acabou...

15:25 Saímos em direção  Hidrelétrica, onde chegamos meia hora depois. Uma vez no estacionamento da empresa, eles nos dizem que no nosso retorno temos que estar lá no dia seguinte às 14h45, o mais tardar às 15h.

Iniciamos nossa caminhada com Mel atravessando a ponte hidrelétrica e de lá (mão esquerda) caminhamos em direção ao posto de controle onde deixamos nossa entrada registrada. Terminado o procedimento, entramos no caminho (mão esquerda) e logo após chegamos aos trilhos do trem. Uma unidade da Peru Rail está detida lá.

Continuamos caminhando mais alguns metros e uma placa (mão direita) indica o caminho para Machupicchu. Um momento! O que aconteceu com toda aquela estrada é plana? Bem, esta little section é difícil e não levará nem 5 minutos. Para minha surpresa, a dificuldade, além da subida, não é grande. Uma vez acima encontramos outro troço de estradas, que continuamos para a nossa direita.

O caminho pela vegetação densa é incrível. Atravessamos o rio numa ponte pedonal, e embora ao longo do caminho descubra que viajar junto à linha férrea é perigoso e errado, a verdade é que a maior parte da viagem está preparada com zonas de trânsito. Ora mais amplas ora mais estreitas, o importante é estar atento; o trem sempre avisa quando está chegando.

É muito divertido para mim ver o trem passar tão perto e caminhar equilibrado sobre os dormentes do trem nos momentos em que o piso sob nossos pés termina e os cursos de água se sucedem. Não é adequado para quem sofre de vertigem.

Supõe-se que tenhamos apenas uma hora e meia para chegar, pois, até as 18h30, o guia estará nos esperando na praça Machupicchu para nos levar ao hotel.

A caminhada é constante e sem descanso. Os sons dos pássaros ocasionais e do rio que corre paralelo aos trilhos do trem nos acompanham durante todo o caminho. Mel consulta o Google Maps de vez em quando para saber a que distância estamos, e a verdade é que a tecnologia  nem sempre está totalmente correta. Um, dois, um, dois, um, dois e de repente a noite caiu...

Um dos muitos cursos de água junto à linha do comboio...

E a noite chegou...

Era para chegar no escuro? Quem sabe se foi o atraso do ônibus ou o quê, mas a noite finalmente chegou. Com lanternas na mão a paisagem primeiro começou a se transformar em silhuetas curvilíneas e escuras e depois, a escuridão simplesmente nos engoliu...

Enquanto Mel acreditava que a qualquer momento um animal poderia sair para nos comer, eu estava mais do que divertido com a situação. Nada podia realmente ser visto e cada passo tinha que ser medido.  Mel, acho que vejo um túnel, eu disse. Acho que ele não acreditou em mim até que finalmente entramos. O trecho foi muito longo para nós. O que é esse barulho? Acho que algo me tocou, disse Mel. Talvez seja um trem vindo direto para nós, pensei, mas obviamente estar trancado dentro de um túnel e andar no escuro já era assustador o suficiente para adicionar combustível ao fogo. É água que cai do teto, respondi referindo-me ao que havia tocado, e quanto ao barulho, deve ser algum som elétrico, explicação justa. Enfim, mais alguns metros se passaram e ouvimos claramente, era o trem. Agarrámo-nos à parede da montanha cold mountain e a vimos passar. Mais alguns minutos e iríamos encontrá-los no túnel. Uma vez passado o perigo continuamos andando e novamente outro túnel, desta vez mais curto vejo luzes Mel! Acho que estamos perto! Eu disse animado. E sim, foi assim, mais alguns passos e entramos na estação de trem de Machupicchu...

Restaurantes e hotéis começaram a surgir dos dois lados das estradas e antes de atravessar em direção ao rio ocorreu-me pedir a uma pessoa a Praça de Armas, alguns minutos depois, 6:27 p.m. para ser exato, suados, excitados e exaustos chegamos na frente do nosso guia que logo depois nos levou ao nosso hotel.

Para las 19:30 hs todos reunidos directo al restaurante en el que cenaríamos con las diferentes nacionalidades y en dónde entablaríamos una charla con unas amigas chilenas_cc781905 -5cde-3194-bb3b-136bad5cf58d_que ficaram surpresos quando contamos sobre o túnel. OK, preste atenção. Acontece que, aparentemente, pouco antes de chegar à cidade, haveria um desvio que leva à ponte que leva (no dia seguinte) a Machupicchu. Ou seja, não havia necessidade de arriscar a pele pelos túneis (duas vezes) só por amor à arte, mas como te disse, chegamos no escuro, então se havia alguma sinalização, nunca vimos. _cc781905-5cde-3194-bb3b -136bad5cf58d_

Dia 42 - No topo do mundo...

3:15 da manhã nos levantamos para nos arrumar. Dependendo da noite. anterior entre 4h ou 4h20 no máximo, tivemos que sair do hotel, tanto quem fazia o trajeto a pé, quanto quem ia pegar o ônibus que vão até Machupicchu (U$D 24 ida e volta, e U$D 12 para um dos dois trechos).

Às 4 da manhã partimos em direção à ponte, que é onde começa a viagem. A primeira seção começa seguindo a direção do rio e iluminada pelas luzes da cidade. Apenas 5 minutos depois, estamos em completa escuridão. Em algum momento atravessamos uma ponte que grita sob nossos pés e depois continuamos acompanhados o tempo todo pelas luzes dos lampiões. O principal é ter muito cuidado, pois choveu e há lama por toda parte. Mais alguns passos e vemos luzes. Uma fila não muito longa se forma em frente à cabine da ponte. Eles não deixam ninguém entrar até as 5 da manhã. 

Vou te contar uma piada? Bem, de acordo com lendas urbanas (e de acordo com agências de viagens) acontece que em 45 minutos você consegue subir as escadas que levam a Machupicchu. Me diga mais. Ou seja que? Isso é uma piada?  Acho que as pessoas têm um ótimo senso de humor ou pensam que somos super humanos, porque das palavras aos atos... bem, você sabe...

Nossa caminhada em fila indiana começa, primeiro em um declive suave e depois nas escadas. Tão curtos ou todos eles parecem tão inofensivos que ao ficar quieto você sente que tem tudo claro, e então bang! eles começam a ser mais altos e no momento estreitos. E a selva é tão molhada e escura. O cuidado está em cada passo. Os degraus de granito estão molhados e cheios de lama. É incrível ter a pressão dos 45 minutos (porque até as 6:30 no máximo eles esperam você lá em cima, aí você tem que entrar e se juntar ao grupo onde eles estiverem. Meu Deus! Isso é cansativo! Não quero continuar subindo, especialmente considerando que quanto mais você avança é como se você não tivesse avançado nada.

45 minutos depois, eu, Mel e aqueles no super-mega-estado estamos tão agitados quanto nós e estamos apenas a um quarto do caminho. Eu disse uma vez, eu disse, duas vezes e na terceira vez Mel concordou comigo, saímos da escada e continuamos pelo caminho levemente inclinado que o ônibus faz. Outro pequeno grupo se junta a nós atrás e toda vez que sinto um ônibus chegando eu afasto a luz da lanterna para que eles não nos levem à frente. Embora essa estrada alternativa não fosse a mais segura (a estrada é de pista única), ela era constante. Não paramos um momento para descansar, caminhando sempre com leveza e firmeza, e às 6h30 estávamos em frente à entrada do Parque Arqueológico Machupicchu, cheio de suor, água de chuva e toneladas de lama.

A visita guiada dura duas horas, a partir das quais, entrando nos diferentes edifícios, é possível conhecer a história de um dos impérios mais importantes da América. O guia que nos tocou foi o mais didático e amigável, usando fotografias para nos mostrar as primeiras fotografias documentadas de Machupicchu até as fotografias de seus descobridores.

Para a minha maré de azar (já pareço a Sarah com a sua sorte... Hahaha), a guiada está nublada pela chuva e pelas nuvens que vêm e vão cobrindo tudo em seu caminho.

Talvez eu não tenha tirado as fotos mais nítidas, mas ter alcançado um dos meus sonhos foi mais que suficiente...

Dia 43 - Por que você está assim comigo?

Ah não! Assim não! Por que você é assim comigo? Supõe-se que seja uma estação seca e desde que cheguei a única coisa que fez foi chuva, e só hoje você se dignou a acordar com um sol radiante? Onde está a pessoa encarregada do controle climático? ...

Feito o check-out (esclareço que no dia anterior combinamos com Mel passar mais uma noite em Machupicchu, pois, caso contrário, no dia anterior tivemos que descer do parque arqueológico, para fazer a hora e meia de caminhada pelos caminhos do trem (sem contar a descida de uma hora das ruínas), para depois pegar o ônibus de mais de 7 horas até Cusco), vamos ao mercado central tomar café da manhã pela modesta quantia de $ 5 soles ( chocolate quente mais presunto e ovo) e de lá tirar algumas fotos da cidade para continuar a caminho das cachoeiras, já que, no dia anterior, tinha visto uma placa no caminho para a ponte.

A princípio não percebemos, mas as cachoeiras estão seguindo o curso das estradas em direção à hidrelétrica. Levamos pouco mais de 30 minutos para chegar a Los Jardines de Mandor. Lá, do nosso lado esquerdo, um albergue tem a concessão  dos referidos jardins e depois de pagar cerca de $10 soles e receber uma pulseira, atravessamos os trilhos do trem e abrimos as portas que nos levam a um caminho cheio de plantas e flores de todos os tipos e tamanhos. Anteriormente nos dizem que chegar à cachoeira leva cerca de 20/25 minutos, então caminhamos em direção ao nosso objetivo em um declive suave e em ritmo acelerado...

Uma hora depois retomamos a caminhada pelos trilhos do trem, passando por grupos que vão e outros que estão chegando. Mel está preocupado que o Google Maps lhe diga que temos quase três horas para ir e estou preocupado que a humanidade dê tanta atenção à tecnologia antes do bom senso, considerando que já percorremos três quartos do caminho. ...

Às 13h30 estamos a apenas 15 minutos da hidrelétrica e resolvemos parar para comer em um restaurante próximo aos trilhos do trem. Na televisão mostram um jogo Argentina-Nigéria, ao qual troco o lugar de Mel para que ela possa curtir a partida...

Meia hora depois partimos calmamente em direção à ladeira que percorremos com cuidado, pois o chão está molhado, e depois em direção à outra parte dos trilhos do trem. Num piscar de olhos estamos no estacionamento e às 15h30 partimos para Cusco. Embora o retorno seja tranquilo, também tem um toque de risco, pois, quem sabe por quê, alguns problemas técnicos fazem com que as luzes de transferência enlouqueçam e se apaguem e acendam na escuridão do percurso...

Por volta das 22h30 eles nos deixam na Plaza San Francisco, onde caminhamos os poucos quarteirões que nos separam do albergue. Chegamos felizes por ter compartilhado nosso sonho, e mais ainda, por ter com quem compartilhar...

Dia 44 - Maravilhoso Cusco...

No dia seguinte o passeio gastronômico continuou e desta vez foi a vez de comer um cardápio ($5 soles) no mercado. O resto do dia consistiu em desviar de Paquito (um carismático vendedor de suéteres) várias vezes, e caminhar até o terminal para descobrir os horários e preços dos ônibus.

À noite, Mel e eu estávamos nos despedindo depois de sobreviver a túneis, trens, degraus íngremes e vendedores insistentes. Mel parte para sua nova aventura em La Paz, na Bolívia, e amanhã à noite irei para Arequipa, a cidade branca do Peru.

Dicas e recomendações...

  • Ingresso Machupicchu:  Se você não planeja fazer Huayna Picchu e a montanha (que precisam ser adquiridos com vários meses de antecedência), recomendo comprar seu ingresso quando chegar ao Peru. Por quê? Bem, deixe-me dizer-lhe que, devido a essas coincidências da vida e porque meu cartão deu um erro, não consegui comprar minha passagem da Argentina e é aqui que as coisas acontecem por um motivo. Acho que foi a melhor coisa que poderia me acontecer (entre a longa lista de coisas boas que podem me acontecer) e quando verifiquei na internet quanto me custou a passagem só para Machupicchu eles me deram USD 77 (sem contar a comissão do cartão), outros me deram US$ 81 e o mais barato foi pelo Bnaco de Perú a US$ 61. Imagine minha surpresa quando acabei comprando minha passagem por US$ 45! É incrível a grande diferença entre comprá-lo no exterior e comprá-lo em Cusco. Enfim, deixo a seu critério.

  • Guias: É obrigatório entrar com guia. Fora das bilheteiras terá guias a oferecer os seus serviços. Não saberia te dizer qual é o custo, pois contratei um pacote turístico (bastante acessível) que detalharei mais adiante.

  • Ônibus hidrelétrico:  Sai de Cusco às 7h30 e retorna às 15h. Os preços estão em torno de US $ 30 por seção.

  • Pacote turístico Pelo valor de USD 50 eles tem ônibus ida e volta para a hidrelétrica + almoço em Santa Teresa + uma noite em hotel + jantar + café da manhã + guia_cc781905-5cde-3194 -bb3b-136bad5cf58d_en Machu Picchu. Tendo em conta que o ônibus de ida e volta até a hidrelétrica custa quase US$ 20, é bom depois de uma viagem ter o hotel, as refeições e o guia organizados.

  • Peru Rail: É o caminho mais rápido, mas também o mais caro para chegar à cidade de Machupicchu. USD 130 para viagem de ida e volta no dia.

  • Repelente:  Felizmente, não fui atacado por uma orgia de mosquitos, mas isso não significa que fossem muitos.

  • Lanterna: Quer você caminhe pelos trilhos do trem ou suba Machupicchu, uma boa lanterna é essencial, considerando que você fará vários trechos na escuridão absoluta.

  • Vestuário: Se você subir não há necessidade de estar tão quente. Com uma t-shirt e casaco quebra ventos bastante e bastante. O clima é úmido e eles aquecem imediatamente.

  • Calçado: Você acreditaria em mim se eu dissesse que já vi pessoas usando botas e sandálias? Independentemente de chegarem a Machupicchu de trem e depois subirem de ônibus, não é um lugar para viajar com calçados inadequados. As pedras são de granito e estão molhadas (pelo menos quando tive que ir) e escorregadias. Vamos evitar acidentes desnecessários.

  • Provisões: Se você for pelas estradas, não precisará recarregar as baterias com água e comida. A cada poucos quilômetros há albergues onde você encontrará água, frutas e outras provisões.

Para acompanhar as postagens em ordem cronológica

  Início da viagem: 03/05/2018

Parte 1........ San Miguel de Tucumán - Tucumán

Parte 2 ................. Cerro San Javier - Tucumán

Parte 3 ................ Amaicha del Valle - Tucumán

Parte 4................................ Cafayate - Salta

Parte 5 ................ Ruínas de Quilmes - Tucumán

Parte 6 ............ Cafayate (modo de baixo custo)- Salta

Parte 7................................ Salta Capital - Salta

Parte 8........... Quebrada de Humahuaca - Jujuy

Parte 9........................................ Iruya - Salto

Parte 10_cc781905-5cde-3194-bb3b-136bad5cf58d........................................ Potosí - Bolívia

Parte 11................................................ Sucre - Bolívia

Parte 12 ............................ Copacabana - Bolívia

Parte 13_cc781905-5cde-3194-bb3b-136bad5cf58d.............................. Isla del Sol - Bolívia

Parte 14 ................................ Cusco - Peru

Parte 15 ............................ Machupicchu - Peru

Parte 16_cc781905-5cde-3194-bb3b-136bad5cf58d.............................. Arequipa - Peru

Parte 17 ................................ Cajamarca - Peru

Parte 18_cc781905-5cde-3194-bb3b-136bad5cf58d.............................. Chachapoyas - Peru

Parte 19_cc781905-5cde-3194-bb3b-136bad5cf58d.............................. Leymebamba - Peru

Parte 20_cc781905-5cde-3194-bb3b-136bad5cf58d........................................ ... Juanjui - Peru

Parte 21 .......................... Cusco (Parte II) - Peru

Parte 22. ........................ Cusco (Parte III) - Peru

Parte 23......................... Ollatantaymbo - Peru

Parte 24 .......................... São Paulo - SP- Brasil

Parte 25_cc781905-5cde-3194-bb3b-136bad5cf58d..............................Viçosa - MG - Brasil

Parte 26 ....... Ouro Preto e Mariana - MG -Brasil

Parte 27 ................. São João del-Rei - SC - Brasil

Parte 28........ Tiradentes e Bichinho - MG - Brasil

Parte 29 ............ Blumenau - SC - Brasil

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