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De Buenos Aires a Florianópolis de carro

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Eu estava no final da minha carreira de turismo, quando surgiu a oportunidade de ir trabalhar no Brasil junto com dois colegas. Eles não podiam imaginar como era viajar mais do que nunca. E sem falar se levarmos em conta que era outro país, outros costumes e língua. Porque sejamos realistas, de todos os países de língua espanhola da América do Sul, fui visitar precisamente aquele onde se falava português, e tendo em conta que só tinha português no primeiro e segundo ano da licenciatura, foi um Foi uma aventura maravilhosa retomar o idioma, considerando que não me lembrava de quase nada... Chan! Mas ei, como um bom argentino de cara quebrada, remei o melhor que pude.

 

Agora, como mencionei no início, fui com um emprego garantido, e não só o emprego, mas também as passagens de ônibus de ida e volta, café da manhã e hospedagem. Tanto eu quanto meus colegas, cada um de nós tinha um quarto individual (o meu com banheiro privativo). Como mencionei em algum post, eu adoraria poder fazer um mochilão pelo mundo, mas, no momento, meu início não teve viagens de carona ou contando centavo por centavo. 

Dia 1 Buenos Aires - Entre Rios - San Gabriel

 

Eu vou te dizer que com meus amigos July e Maty nós combinamos que se eles viessem pedir um resgate por qualquer um de nós, nós desistiríamos... Não! Eu estou brincando!. Saímos de carro da porta da minha casa aproximadamente às 7h20, do dia 16 de dezembro de 2014, com destino a Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina. Digo a vocês que durante a viagem pela RN9 fizemos um desvio para Concepción del Uruguay, Província de Entre Rios, e julho realizou meu sonho de visitar o famoso Palácio San José que tanto aprendemos no primeiro ano da licenciatura. Porque é assim, não é o mesmo ir ver um lugar porque sabe que está lá, do que ir porque conheceu a riqueza do seu património, assim como a sua história e tragédias.

 

 

Bem, voltando aos trilhos, chegamos por volta das 19h no posto fronteiriço Passo de los Libres na província de Corrientes. Obviamente saímos da Argentina. O louco de tudo isso é que estávamos no meio das ações e trouxemos pesos argentinos para comprar na casa de câmbio que fica no mesmo passo, e como aconteceu com os bancos, você tinha _cc781905-5cde-3194 -bb3b-136bad5cf58d_que Apresente seu último recibo de salário e, se possível, grupo sanguíneo e nome do melhor amigo do seu animal de estimação. Felizmente, hoje isso é história. Depois de processar a saída, e à noite, cruzamos a fronteira (ou aquele tipo de águas internacionais, entre um país e outro), até  chegando na alfândega brasileira, embora deva dizer que mais de chegar, passamos por isso. Não havia ninguém no controle, mas como bons cidadãos voltamos e entramos no país verde-amarelo. Uma vez livres, continuamos nosso caminho e, como sempre acontece, viramos para Urugua-í e nos perdemos. Mas não entre em pânico, diria Chapulín. Retomamos a rota da BR-290 para São Gabriel, no Rio Grande do Sul, onde chegamos após 1h da manhã (horário do Brasil). Lá passamos a noite no hotel  San Isidro , onde a atenção foi amigável, o café da manhã farto e a limpeza muito boa.

 

Vale lembrar que a parada obrigatória em São Gabriel (além do descanso) foi porque eles recomendaram que não chegássemos em Puerto Alegre à noite. Escusado será dizer que, embora o aviso fosse por uma questão de segurança, coisas ruins acontecem em todos os lugares, mas por que tentar o destino?

 

Voltando à questão da segurança, neste caso quero enfatizar a segurança rodoviária. Não importa o quão bom motorista muitos se considerem, mesmo  não importa quantas vezes eles sigam o mesmo caminho, e com as mesmas paradas, eu não recomendo viajar à noite e os motivos são tão segue:

 

A BR-290, após a passagem da fronteira, é totalmente escura e possui apenas uma pista de ida e uma de retorno. A sinalização é decadente, por isso, no escuro, foi uma grande surpresa saber se havia uma curva, ou saber se ainda estava na mesma rota, principalmente quando se chegava às rotundas das vilas e não sabendo que caminho seguir. Na dúvida, nosso raciocínio era sempre ir para a esquerda. Por outro lado, os poucos sinais existentes, como o das pontes, ficavam basicamente na mesma ponte, ou seja, era la tole-tole la cosa .

 

Como anedota à parte, tínhamos chegado tão cansados da viagem, que entre subir e descer duas vezes do quarto (já com bastante sono), aconteceu-me que, na segunda ocasião, briguei corpo a corpo com a chave e a fechadura. Depois de alguns momentos, quando pensei que a razão pela qual ele não abriu a porta era talvez ele tivesse quebrado a chave, Maty e July saíram do elevador para o resgate. Com a minha melhor cara de derrota, disse-lhes que a porta não se abria. Maty disse algo como E como você vai abri-lo, se não é o quarto? Quak!

 

Dia 2: San Gabriel - Torres - Florianópolis

 

Após o café da manhã e nos preparando, voltamos para a BR-290, que, aliás, não deixa de impressionar com seus percursos por vales ondulantes de verde intenso.

 

 

Depois das 14h (quase chegando às 15h) já estávamos no pedágio Osório-Puerto Alegre. Pouco depois fizemos uma breve paragem técnica em Torres, que nos recebeu com uma tarde nublada e calma. Suas avenidas cheias de árvores de Natal coloridas feitas com garrafas plásticas.

 

 Continuando pela BR-101, seguimos em direção a Florianópolis. Escusado será dizer que a travessia do continente para a ilha (com vista à esquerda da Ponte Hercílio Luz e todos os edifícios e avenidas decoradas com luzes de Natal), foi uma daquelas coisas que nunca se esquece na vida._cc781905- 5cde -3194-bb3b-136bad5cf58d_

 

 

 

 

Maty, eu e July em Torres, Brasil.

 

Chegamos ao nosso destino, depois das 21h do segundo dia de viagem. A viagem do centro de Florianópolis ao norte da ilha, no caso, Canasvieiras, não levou mais de 30 minutos. No hotel eles nos receberam com muito carinho, e no meu caso em particular, conheci minha colega de quarto: Mabel do Paraguai.

 

Meu trabalho era de camareira, basicamente uma empregada doméstica. O trabalho foi bem pago, sem contar sempre com a boa disposição dos turistas uruguaios que sempre deixavam uma boa gorjeta ou algum pequeno detalhe. A verdade é que não posso reclamar porque tive um lugar para ficar e colegas de trabalho muito bons.

 

No meu primeiro dia de trabalho (comecei a trabalhar no segundo dia após minha chegada), como uma anedota separada (Por que sempre tenho um? Porque você é desajeitado. Fim), aconteceu estar com Cleusa, minha parceira brasileira, que enquanto eu estava treinando, me pediu para falar com ela la basoura. E o que Cíntia fez? Obviamente eu lhe entreguei a lata de lixo. Hahaha!. Não, não, a basoura, Cleusa disse apontando para outra coisa que não a cesta._cc781905-5cde-3194-bb5bhbah58d esco eu disse, e Cleusa entendeu que eu tinha entendido outra coisa, mas que o que ela estava me pedindo foi entendido de outra maneira na minha língua. Quero dizer, para ser claro, ela me pediu a vassoura (basoura)  e eu dei a ela a_cc781905-5cde-3194-bb3b-136bad5cf95-bb3-581- debad95-cc19 136bad5cf58d_(lixo), quando na verdade eu chamava de vassoura, que para eles significa escova para escovar cabelos ou dentes. Em suma, uma confusão de palavras.

 

A ilha de Florianópolis tem aproximadamente um pouco mais de 60 km de extensão, e embora pareça que você pode percorrê-la em um dia, isso é mais do que errado. Porque dentro da ilha, você também pode ficar desorientado. Como é possível? Muito fácil, senhoras e senhores, coloquem as placas de sinalização das praias de cabeça para baixo, e é mais seguro que em algum momento, quando fizerem uma inversão de marcha, encontrem como chegar ao seu destino.

 

Pode pegar carona?  Sinceramente não vi gente pedindo carona, mas a verdade é que Floripa é super tranquila.

 

Existe transporte público dentro da ilha?  Obviamente sim, e o melhor de viajar de ônibus dentro da ilha é que existem diferentes terminais que se conectam aos diferentes terminais. Ou seja, se você quiser, por exemplo, viajar de Canasvieiras para  Barra de Lagoa, vá  para ter que fazer uma conexão em la_cc781905-5cde-3194- bb3b-158dcf5bad5bad Terminal correspondente (TICEN/TILAG/TICAN/TITRIO)  . E dependendo da distância, podem até precisar fazer mais de uma conexão. Qual é a boa notícia? O que só paga o boleto uma vez.

 

É acessível para comer na rua?  Sempre será  é mais barato ir comprar comida no supermercado, pois a comida é muito mais barata que na Argentina, mas se quiser se mimar, é uma questão de caminhar e encontrar bons cardápios a um bom preço (R$ 15 em média, em termos de bom preço).

 

Onde devo comprar Reales?  Atualmente, desde que as ações foram retiradas, no Banco de La Nación Argentina (sede), Banco Piano (para aposentados) ou Casas de Cambio. Não recomendo comprá-los no Brasil, pois vão cobrar mais caro, e claro, porque aconteceu comigo ano passado quando viajei para  Maceió , e não comprei .

 

Não sei falar português. Eu tenho que me abster?  Como você diz que disse? Não, preciso. Se há uma razão existencial pela qual aprendi português, não foi precisamente porque conheço todas. Partindo da base que estive no sul do Brasil, esta ilha é um bom exemplo, que a maioria dos turistas vem do Uruguai, Argentina e Paraguai em menor escala, para os quais grande parte dos nativos fala e entende espanhol. Só consegui aprender melhor o português porque trabalhei como camareira  e meus colegas eram brasileiros ou paraguaios que se comunicavam em português.

 

Preciso de seguro viagem?  Ok, é errado dizer que não comprei um, e na verdade eu não precisava de um, mas nunca é demais. Se ocorrer um contratempo, é provável que seja mais barato alugá-lo do que pagar em particular. Aconteceu com um amigo de julho que ele pegou uma alergia, e a consulta saiu bem salgada.

 

Posso ir trabalhar no Brasil na alta temporada?  Sim, você pode e de fato eles são bastante flexíveis no assunto. Para fazer isso, você deve obter um visto de trabalho e realizar o processamento na Argentina. No meu caso, saí com a ideia de ficar e morar lá, e não saí com visto de trabalho, mas com os papéis em mãos   de antecedentes criminais e certidão de nascimento legalizada e o correspondente apostilado no Ministério das Relações Exteriores (e finalize o processamento na Polícia Federal do Brasil, onde também tem que pedir o registro criminal, mas do Brasil), e demais documentação, processei a residência de dois anos, por que eu tinha que pagar algumas taxas anteriormente no Banco do Brasil e dar a eles meu comprovante de entrada no Brasil (que é processado ao cruzar a fronteira). Embora minha intenção inicial fosse ficar e morar lá, a realidade é que os salários são baixos, e por baixo quero dizer menos da metade de um salário na Argentina (R$ 800), então, tirando isso em particular, a acomodação é barata ( sempre comparado à Argentina), a comida também é barata e sempre há trabalho. arranje um emprego em um navio pirata. Você é bom em vender? Então com certeza você pode vender aos turistas uma excursão de meio dia ou dia inteiro. E se algum desses não combina com você, você pode trabalhar como garçom, empregada doméstica, operário, entre outros.

O que é o VISTO Mercosul?

Em palavras simples, verifica-se que desde 2009 e para implementar a livre circulação entre os  países que compõem o MERCOSUL, por meio do "Acordo de Residência para Nacionais dos Estados Partes do MERCOSUL" e do “Convênio de Residência para Nacionais dos Estados Partes do MERCOSUL”, é possível adquirir o referido VISTO com validade de 2 anos (podendo solicitar residência permanente posteriormente), para residir e trabalhar, gozando de direitos de igualdade, em qualquer uma das os países membros. Para mais informações, acesse o link para o site do Mercosul.

Quais documentos preciso para viajar para o Brasil? A boa notícia para os países sul-americanos que são membros do Mercosul é que eles exigem apenas uma carteira de identidade/DNI. (Estados Partes: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Estados Associados: Possui 9 países associados:_cc05-7cde9-195. -1951de9-1951de9-1951 -bb3b-136bad5cf58d_ Bolivia, Chile, Colombia, Ecuador_cc781905-5cde -3194-bb3b-136bad5cf58d_y_cc781905 -5cde-3194-bb3b-136bad5cf58d_Peru).

 

Para quem não pertence ao Mercosul, o documento obrigatório será o passaporte, podendo permanecer no país por 90 dias seguidos. É o caso da Alemanha, Andorra, Áustria, Bahamas, Barbados, Bélgica, Costa Rica, Dinamarca, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Liechtenstein, Luxemburgo, Malásia, Mônaco, Marrocos, Namíbia, Holanda, Noruega, Panamá, Filipinas, Polônia, Portugal, San Marino, Eslovênia, África do Sul, Coréia do Sul, Malta, Espanha, Suriname, Suécia, Suíça, Tailândia, Trinidad e Tobago, Reino Unido, y Vatican.

 

No entanto, existem casos específicos para os quais será necessário um visto de turista,  como os provenientes de Afeganistão, Albânia, Arábia Saudita, Argélia, Angola, Antígua e Barbuda, Armênia, Austrália, Bielorrússia, Belize, Camarões, Canadá, República Tcheca, China, Coréia do Norte, Dominica, República Dominicana, Egito, El Salvador, Guiné Equatorial, Estônia, Gana, Guiné, Haiti, Honduras, Hong Kong, Índia, Indonésia, Irã, Iraque, Jamaica, Quênia, Lituânia, Madagascar, Mongólia, Nicarágua, Nova Zelândia, Níger, Nigéria, Romênia, Rússia, Senegal, Sudão, Ucrânia, Vietnã, Iêmen e Zâmbia.

 

Se você gostou desta parte, então convido você a continuar lendo la  segunda parte   e descobrir o que a ilha tem a lhe oferecer.

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